03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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PN-R0199 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

Dor dentária em indivíduos com o Transtorno do Espectro Autista e/ou Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
Mariana Castro Silva, Thiago Peixoto da Motta, Debora Guedes da Mota, Gustavo Lottermann Lorenz, Luís Otávio Pereira da Silva, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu, Lívia Guimarães Zina, Fabiana Vargas-ferreira
Odontologia Social e Preventiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Indivíduos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) enfrentam obstáculos na atenção e assistência odontológica. Este estudo tem como objetivo estimar a prevalência de dor dentária e avaliar fatores associados a esse desfecho em indivíduos com TEA e/ou TDAH nos últimos seis meses. Trata-se de um estudo transversal realizado em instituição não governamental de Contagem, no ano de 2024, em Minas Gerais. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (CAAE: 75020723.9.0000.5149). Foram examinadas 126 crianças de até 12 anos de idade para diagnóstico de cárie dentária (2 dentistas treinados, kappa > 0,80) e aos seus responsáveis foram aplicados questionários que abordaram aspectos socioeconômicos, comportamentais (escovação dentária) e se a criança teve dor dentária nos últimos seis meses. Utilizou-se o programa SPSS versão 21.0. Realizaram-se análises descritiva e bivariada (Testes Qui-Quadrado de Pearson e Fisher). A maioria era do sexo masculino (77,8%); de cor não branca (61,9%) e tinha nível de apoio I (51,2%). A prevalência de cárie dentária foi de 25,4%. A ocorrência de dor dentária foi de 26,2%. Os achados mostraram que a maior prevalência do desfecho foi entre as crianças acima de 4 anos de idade (p=0,020); entre àquelas que escovavam 1x ao dia somente (p=0,038) e àquelas que tiveram experiência de cárie dentária (p<0,001).

Conclui-se que a dor dentária esteve associada a fatores clínicos, comportamentais e sociais. Importante se pensar em estratégias e ações para minimizar sua ocorrência, principalmente, entre os indivíduos com TEA.

(Apoio: FAPEMIG  |  CNPq - PBEXT )
PN-R0201 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

Avaliação da Qualidade de Vida relacionada à Saúde Bucal de Pessoas Transgêneras no Maranhão: um estudo piloto
Camila Dayla Melo Oliveira, Lucia Cristina Ferreira Marques, Bianca de Jesus Montenegro da Silva, Carlos Gabriel Valério da Silva, Sebastião Marinho Pinheiro Neto, João Victor Coelho Cruz, Lorena Lúcia Costa Ladeira, Thalita Santana Conceição
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo investigou a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal (QVRSB) em adultos jovens transgêneros. Foram avaliados 24 pacientes atendidos em um ambulatório especializado em São Luís (MA), utilizando os índices CPOD e OHIP-14, além de questionários sociodemográficos. A amostra foi composta predominantemente por homens trans (70,8%), com maioria na faixa etária de 18-30 anos (83,3%). Os resultados revelaram que 62,5% estavam em terapia hormonal supervisionada, metade da amostra classificou sua saúde bucal como "regular" e 66,7% relataram dificuldades no acesso a serviços odontológicos. Além disso, 70,8% consideraram que os profissionais não estão preparados para atender essa população, e 37,5% relataram experiências de transfobia. Em relação à QVRSB, destacaram-se desconforto alimentar (29,2%), estresse (37,5%) e vergonha (20,8%) devido a problemas bucais.

Conclui-se que há necessidade urgente de capacitação profissional e adaptação dos serviços odontológicos para melhor acolher a população transgênera, garantindo atendimento equitativo e melhoria na QVRSB.

(Apoio: CAPES)
PN-R0202 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

Condição de saúde bucal, cuidados de higiene oral e qualidade de vida de adolescentes inseridos no mercado de trabalho
Natália Fonzar Santana Oliveira, Tânia Adas Saliba, Suzely Adas Saliba Moimaz, Fernando Yamamoto Chiba
Ciências sociais UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A saúde bucal de adolescentes desperta atenção especial, considerando o risco de cárie e traumatismo dentário, desejo e consciência estética e necessidades sociais e psicológicas únicas. A conciliação de atividades laborais e escolares exige atenção, pois a sobrecarga de responsabilidades durante a adolescência pode influenciar a qualidade de vida. Objetivou-se avaliar a condição bucal, cuidados de higiene oral e a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) em adolescentes inseridos no mercado de trabalho (grupo AT) e comparar com adolescentes que não trabalham (grupo ANT). O estudo foi realizado com 79 jovens (grupo AT: n=31 e grupo ANT: n=48), de 15 a 17 anos, matriculados em uma instituição que oferece cursos de preparação para o mercado de trabalho. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, aplicação do questionário OHIP-14 e a condição bucal foi avaliada por meio do índice CPOD. Não houve diferença significativa no índice CPOD (AT=1,81+/-1,62; ANT=1,77+/-2,05; p=0,5912), nos componentes cariados (p=0,4047), perdidos (p=0,4365) e obturados (p=0,1987) e no escore do OHIP-14 (AT=13,42+/-7,46; ANT=15,19+/-7,99; p=0,3273) entre os grupos. A proporção de jovens que usa fio dental frequentemente foi baixa em ambos os grupos (AT=16,13%; ANT=8,33%; p=0,2869). A proporção de jovens que nunca/raramente escova os dentes após as refeições (AT=30,00%; ANT=54,16%; p=0,0281) e que sempre consome alimentos e bebidas açucarados entre as refeições (AT=3,23%; ANT=18,75%; p=0,0427) foi maior no grupo ANT.

Conclui-se que o índice CPOD e a QVRSB foi similar entre os grupos e que os hábitos de escovação dentária e consumo de açúcar apresentaram-se mais satisfatórios nos adolescentes inseridos no mercado de trabalho.

(Apoio: CAPES)
PN-R0203 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

ASSOCIAÇÃO ENTRE PERDA DENTÁRIA E EVENTOS ADVERSOS DA GRAVIDEZ EM MULHERES BRASILEIRAS
Ivens Barreto Barroso, Maria Fernanda Loiola Couto, Mateus Pinheiro Soares, Lívia de Almeida Carneiro, Ana Beatriz da Costa Torres, Helena Paula Guerra Dos Santos, Bianca Dutra Aguiar, Rodrigo Otávio Citó César Rêgo
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre perda dentária e parto prematuro e baixo peso de recém-nascidos na população brasileira por meio de uma análise secundária da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) - 2019. Foram incluídas no estudo 2824 mulheres, com idade média de 28,7 + ou - 6,7 anos que haviam realizado pré-natal entre julho de 2017 e a data de coleta final de dados do estudo em 2019. Dados sobre perda dentária, de eventos adversos da gravidez, assim como dados sociodemográficos e relativos à saúde oral foram coletados por meio de autorrelato. A presença de perda dentária foi dividida em 4 grupos, sem perda, perda de 1-4 dentes, 5-10 dentes ou mais de 11 dentes. Parto prematuro (PP) foi o parto realizado até 37 semanas de gravidez, enquanto baixo peso do recém-nascido (BPRN) foi de até 2500 gramas ao nascimento. A análise estatística foi realizada pelo teste do quiquadrado e regressão logística univariada com estimativa de odds ratio (OR). O teste do quiquadrado apontou associação estatisticamente significante entre perda dentária e PP assim como com BPRN (p<0,05). Entretanto, na análise de regressão univariada, quando comparadas às mulheres sem perda dentária aquelas com perda de 1-4 dentes não apresentaram maior chance para apresentar PP: OR (95% IC) = 0,94 (0,77-1,14). Da mesma forma, aquelas com perda de 5-10 dentes (0,87 [0,61-1,23]) e 11 ou mais dentes (0,95 [0,42-2,15]). Com relação ao BPRN estes valores foram 1-4 dentes (0,98 [0,75-1,27]), 5-10 dentes (0,88 [0,55-1,41]) e 11 ou mais dentes (0,48 [0,20-1,13]), também não demostrando associação estatisticamente significante.

Podemos concluir que a perda dentária não demonstrou ser um fator de risco tanto para parto prematuro assim como para baixo peso de recém-nascidos.

(Apoio: FUNCAP  N° BMD-0008-02870.01.02/24)
PN-R0205 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

Protótipo virtual de dispositivo customizado para estabilizar a cabeça de pacientes com distúrbio neuropsicomotor
Isa Jane Galvão Pimentel, Smyrna Luiza Ximenes de Souza, Virgilio Galvão
ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivos: Desenvolver, por meio de software, um protótipo virtual de dispositivo customizado para auxiliar na estabilização passiva da cabeça de pessoas com distúrbio neuropsicomotor durante o atendimento odontológico. Métodos: Trata-se de uma pesquisa experimental que envolveu uma equipe multidisciplinar composta por cirurgião-dentista especialista em pacientes com necessidades especiais (PNE), designer gráfico, engenheira de materiais e técnico em equipamentos odontológicos. A fase inicial incluiu levantamento de requisitos e análise de viabilidade, fundamentada por revisão bibliográfica em bases científicas. Após a aquisição de imagens de dispositivos similares, definiu-se um conjunto de características técnicas que orientaram a modelagem do protótipo, elaborada no software AutoCAD (versão 2019), no laboratório de computação gráfica. A integração do protótipo a uma cadeira odontológica foi realizada, documentada por registros fotográficos. Resultados: O dispositivo visa complementar os métodos de contenção já utilizados, oferecendo suporte adicional à estabilização passiva da cabeça, com foco em segurança e conforto do paciente.

Conclusão: O estudo resultou na criação de um dispositivo orientador e sua versão virtual customizada, com potencial de otimizar o tempo clínico, reduzir o risco de injúrias e elevar a qualidade do atendimento odontológico. Trata-se de uma inovação inédita no mercado, sendo o primeiro dispositivo a conter especificamente a cabeça do paciente durante os procedimentos.

PN-R0186 - Painel Iniciante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

Acesso ao serviço odontológico por crianças/adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em Juiz de Fora - MG
Pedro Mattos Cardoso, Laís Canêdo Martins, Fernanda Campos Machado, Camila Faria Carrada, Flávia Almeida Ribeiro Scalioni
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi investigar o acesso ao serviço odontológico para crianças/adolescentes com TEA em Juiz de Fora (MG), para identificar os principais desafios na prestação de serviços de saúde bucal para essa população. Os dados foram coletados por questionário remoto na plataforma Google Forms. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética. A análise descritiva e bivariada foi realizada. A maioria dos respondentes eram mães (86,9%), não brancas (55,4%), com até 40 anos de idade (51,5%) e com renda familiar mensal de até 02 salários mínimos (53,1%). Seus filhos com TEA, eram a maioria, do sexo masculino (76,9%), brancos (55,4%), com até 10 anos de idade (65.4%), com nível 01 de suporte (43,1%) e com comunicação verbal (69,2%). A maior parte não realiza acompanhamento odontológico periódico (56,2%), apesar de já terem recebido atendimento ao menos uma vez na vida (70,8%). Essas consultas aconteceram principalmente na rede particular (62,0%) e com dentista não especializado em TEA (50,4%). Os principais desafios relatados foram a dificuldade em encontrar profissional especializado (35,9%) e problemas financeiros (26,5%). Houve associação significativa entre idade da criança e renda familiar com a ida ao dentista ao menos uma vez (0,043/0,012 respectivamente) e acompanhamento odontológico periódico (0,005/0,012 respectivamente); e associação do nível de suporte e comunicação verbal com percepção do responsável no comportamento da criança na sala de espera (<0,001/0,001 respectivamente), no consultório do dentista (0,003/0,024 respectivamente) e durante a consulta (0,001/<0,001 respectivamente).

O estudo evidenciou os principais desafios e os fatores envolvidos no atendimento de crianças/adolescentes com TEA de Juiz de Fora (MG).

PN-R0187 - Painel Iniciante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

TRATAMENTO ODONTOLÓGICO DE UMA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E EPLEPSIA PÓS TRAUMATISMO: RELATO DE CASO
Bruna Buaes Carpes, Gabriela Michels Scheffer, Daiana da Silva Ferreira, Ana Rita Vianna Potrich, Manoela Domingues Martins, Amanda de Freitas Graeff, Beatrix Danielle Fraga, Márcia Cançado Figueiredo
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A deficiência intelectual (DI) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, impactando diretamente a autonomia e qualidade de vida. Quando associada a outras condições neurológicas, como a epilepsia, os traumatismos dentários podem ocorrer com frequencia e, os desafios para o atendimento odontológico, tornam-se desafiadores. A Odontologia para pacientes com necessidades especiais (OPNE) tem adotado estratégias de atuação dentro da abordagem da odontologia da mínima intervenção (OMI). Assim, este caso clínico relata sobre um paciente do sexo masculino de 11 anos de idade, diagnosticado com DI moderada (CID-10: F71) e epilepsia (CID-10: G40), que sofreu uma queda ao solo após uma convulsão, ocasionando fraturas nos incisivos centrais superiores e úlceras traumáticas nos lábios e queixo. Seu atendimento clínico odontológico foi realizado na clínica da especialização em OPNE da UFRGS e incluiu restaurações com cimento ionômero de vidro (CIV) fotopolimerizavel para proteção da dentina dos incisivos traumatizados, além da utilização da Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana (aPDT) com azul de metileno 0,01% e laser vermelho (4J por ponto). Após12 meses de controle, verificou-se que a aplicação da aPDT foi eficiente na cicatrização das lesões, controle da dor e redução de sinais inflamatórios e, o CIV, efetivo na proteção dentinária.

O êxito do caso clínico apresentado reforçou a importância da MI em PNEs que sofreram traumatismo, adaptadas à realidade de cada um, aliadas ao envolvimento familiar e a uma atuação individualizada. O atendimento odontológico humanizado foi essencial para promover a saúde bucal do referido paciente.

PN-R0189 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE DE PESSOAS TRANSGÊNERO: SER O QUE SE É, FAZER O QUE SE QUER
Helena Maria Maciel Fernandes, Maria Luiza da Matta Felisberto Fernandes, Saul Martins Paiva
Saúde Bucal da Criança e do Adolescente UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi conhecer as percepções em saúde bucal no contexto de saúde por pessoas transgênero. Através de um estudo qualitativo com abordagem de bola de neve realizaram-se entrevistas semiestruturadas individuais que foram gravadas e transcritas. Participaram da pesquisa 6 mulheres e 3 homens transgênero, entre 23 a 30 anos, inseridos no mercado de trabalho. Através da análise de conteúdo identificou-se as categorias: imagem no contexto social, redes de apoio, discriminação e preconceito, percepções de saúde. A imagem foi associada à preocupação com o julgamento social desencadeando quadros de ansiedade, isolamento social e construção de um ideal de felicidade baseado em mídias sociais. Grupos de pessoas transgênero e família representaram a rede de apoio emocional compartilhando sentimentos e experiências. A queixa de uma postura profissional autoritária dos profissionais de saúde interferiu no afastamento entre profissional e paciente. Preconceitos sociais foram relatados como detratores da saúde. As falas trazem a questão de gênero como um marcador importante inserido nas exigências de uma mulher dentro da sociedade, sendo acrescido de outras questões sociais, como ser preta e pobre. As percepções em saúde demonstram que às vezes saúde não está intrínseca ao processo da pessoa. Parece existir a possibilidade de não se ter saúde, porque ter saúde é estar bem. Da mesma forma a saúde bucal esteve associada a percepções com a autoimagem, presença de dentes grandes, claros e alinhados, lábios carnudos e traços faciais associados às características sexuais.

As percepções de saúde bucal refletiram as percepções da saúde geral, ancoradas na necessidade e busca por respeito em ser o que se é e fazer o que se quer.

PN-R0200 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

FUNÇÃO MASTIGATÓRIA E CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS DE PACIENTES OBESOS COM E SEM SARCOPENIA
Lucca Augusto Ribeiro Foggiato, Tainah Aiko Hayashi Vitório, Rharessa Gabrielly Ferreira Mendes, Ana Virginia Santana Sampaio Castilho, Gabriela de Figueiredo Meira, Augusto Alberto Foggiato, Marcelo Salmazo Castro, Silvia Helena de Carvalho Sales Peres
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Sarcopenia é uma doença que causa perda de massa e força muscular. A obesidade prejudica a qualidade muscular e diminui a capacidade física. Este estudo objetivou avaliar função mastigatória, em pacientes obesos com e sem a sarcopenia e suas condições socioeconômicas. A amostra foi constituída por pacientes com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 30 kg/m2 e idade entre 45 e 70 anos. A função mastigatória foi avaliada adotando-se número de unidades funcionais, dividida em função mastigatória eficiente, prejudicada e insuficiente. O diagnóstico da sarcopenia seguiu os parâmetros: exame de perímetro da panturrilha (<31 cm), velocidade de marcha (baixo desempenho de 6 m <1,0 m/s) e força de preensão palmar (<28 kg para homens e <18 kg para mulheres). Os participantes são analisados quanto idade, sexo, grau de escolaridade, raça, comorbidades associadas a obesidade, profissão, renda per capita e hábitos de vida (tabagismo, etilismo e frequência de exercício físico). Foram avaliados 32 pacientes, sendo 26 foram mulheres (81,25%), 27 da raça branca (84,37%), idade de 51,22 anos e 16 ensino médio completo (50%). O IMC médio é de 38,82 kg/m2, da cervical 40,53 cm, RCQ masculino 0,99 e o feminino 0,90, apresentou-se acima do valor sem risco (0,90 e 0,85) respectivamente. Em relação à sarcopenia foi obtida a média de panturrilha de 42,25cm, de 8,90 m/s de velocidade de marcha e de 23 N de preensão palmar. 23 pacientes apresentaram função mastigatória eficiente (71,87%), 7 deles prejudicada (21,87%) e 2 insuficiente (6,26%).

A maioria dos pacientes avaliados demonstraram ter função mastigatória eficiente e condição socioeconômica média alta, entretanto, apresentaram risco cardiovascular necessitando de atenção multiprofissional.

(Apoio: CNPq  N° 2024-1311)



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